segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Servir a vida e não apenas se servir dela. Transformar o destino num projeto consciente e persistente eis o desafio.

"Liberdade, perdão, desejo, orgulho, aliança no casamento, fé e o mistério da felicidade são alguns dos temas abordados neste livro por Jean-Yves Leloup, que faz uma reflexão filosófica, psicanalítica e atual de nossos impasses – sejam eles profissionais, de relacionamento, espirituais –, de nossas dúvidas e medos.Este encontro-entrevista de Jean-Yves Leloup com Marie de Solemne tem justamente a esperança, a vontade de ajudar a reencontrar o sentido da caminhada, o gosto da alegria, a energia para que cada um de nós transforme seu destino em um projeto consciente.Leloup nos ajuda a desatar os nós, a interpretar o nosso destino, a dar-lhe sentido e nos leva a entender que a felicidade não se encontra nas coisas, nos objetos, mas na adesão do coração e da inteligência ao Ser que nos informa, e informa realidades nem sempre agradáveis, que não proporcionam prazer nem felicidade psíquica e que, no entanto, são ( e têm o direito de ser) o que elas são. Para Jean-Yves, o importante é reencontrarmos em nós a capacidade para amar porque tudo o que fazemos com amor é a eternidade reencontrada, a boa hora reencontrada; desse modo a felicidade nos é dada por acréscimo.Assim, fala-nos daquilo que está dentro de nosso ser, no mais profundo de nós – o amor – e vai lançando luzes para permitir que cada aspecto aflore, que tomemos consciência e que nos rendamos à proposta de mudança que a vida nos faz. Cada reflexão vai despertando mais e mais em nós o desejo de amar a vida, de nos deixar amar por ela; de ver nosso potencial, de reconhecê-lo como possível de realizar-se; de voltar a crer, a sentir a aceitar e a estender nossos olhos para além..." (livro Amar... apesar de tudo - Jean Yves Leloup)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Que sentido estamos dando a nossa vida? Podemos e devemos melhorar sempre.


Liev Tolstói

Liev Nicolaevitch, conde de Tolstoi2 , nasceu em Yasnaya Polyana (nome da sua casa), que se localiza a 12 km de Tula e a 200 km de Moscovo. Era filho de Nicolas Ilyitch, conde de Tolstoi e de Maria Nicolaevna, princesa de Volkonsky.
Com a morte prematura dos pais, foi educado por preceptores. Na juventude, o sentimento de vazio existencial levou-o a alistar-se no exército da Rússia. Tal experiência colaboraria para que, mais tarde, se tornasse pacifista.
Durante esta época de sua juventude, Tolstoi bebia muito, perdia muito dinheiro no jogo e dedicava muitas noites a ter encontros com prostitutas. Mais tarde, o velho escritor repudiaria esta fase de sua vida.
No final da década de 1850, preocupado com a precariedade da educação no meio rural, Tolstoi criou em Iasnaia Poliana uma escola, para filhos de camponeses. O escritor mesmo escreveu grande parte do material didático e, ao contrário da pedagogia da época, deixava os alunos livres, sem excessivas regras e sem punições.
Embora extremamente bem-sucedido como escritor e famoso mundialmente, Tolstoi atormentava-se com questões sobre o sentido da vida e, após desistir de encontrar respostas na filosofia, na teologia e na ciência, deixou-se guiar pelo exemplo da vida simples dos camponeses, a qual ele considerou ideal. A partir daí, teve início o período que ele chamou de sua "conversão".
Seguindo ao pé da letra a sua interpretação dos ensinamentos cristãos, Tolstói encontrou o que procurava, cristalizando-se então os princípios que norteariam sua vida a partir daquele momento.1
O cristianismo do escritor recusou a autoridade de qualquer governo organizado e de qualquer igreja. Criticou também o direito à propriedade privada e os tribunais e pregou o conceito de não-violência. Para difundir suas ideias Tolstoi dedicou-se, em panfletos, ensaios e peças teatrais, a criticar a sociedade e o intelectualismo estéril. Tais ideias postas tão explicitamente causaram confusão nos fãs do famoso escritor e influenciariam um importante admirador: Gandhi, nesta época ainda na África.
Após sua "conversão", Tolstói deixou de beber e fumar, tornou-se vegetariano e passou a vestir-se como camponês. 3 Convencido de que ninguém deve depender do trabalho alheio passou a limpar seus aposentos, lavrar o campo e produzir as próprias roupas e botas. Suas ideias atraíram um séquito de seguidores, que se denominavam "tolstoianos". Decidiu abrir mão de receber os direitos autorais dos livros que viria a escrever, só voltou a querer utilizar este dinheiro quando precisou angariar fundos para transportar para o Canadá uma comunidade de camponeses perseguidos pelo governo.1
Tolstoi chegou a ser vigiado pela polícia do czar. Devido a suas ideias e textos, foi excomungado pela Igreja Ortodoxa russa, em 1901. Alguns de seus amigos e seguidores foram também exilados. Tolstoi somente não foi preso porque era adorado em todo o mundo como um dos maiores nomes da arte de seu tempo.
Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e ideias contrastavam com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.
Junto a Dostoiévski, Turgueniev, Gorki e Tchecov, Tolstói foi um dos grandes mestres da literatura russa do século XIX. Suas obras mais famosas são Guerra e Paz, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia, e Anna Karenina, onde denuncia o ambiente hipócrita da época e realiza um dos retratos femininos mais profundos e sugestivos da Literatura.1
Morreu aos 82 anos, de pneumonia, durante uma fuga de sua casa, buscando viver uma vida simples.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Despertar... Quem nunca viveu uma situação parecida?

"Na vida existem conhecimentos que a gente busca e conhecimentos que a gente encontra. Os conhecimentos que a gente busca costumam ser técnicos ou eruditos. Normalmente são adquiridos passo a passo, com uma presunção prévia daquilo que virá. Claro que também pode tratar-se de assuntos emocionais e íntimos (....) Os conhecimentos buscados costumam ser um desenvolvimento da vida de cada um. Acrescentam, não subtraem, trazem memórias e vivências. Acumulam.

Os conhecimentos que a gente encontra, ao contrário, costumam amputar uma parte de você. Para começar, roubam a inocência. Você estava tranqüilo, feliz ignorante de sua ignorância, quando, zás, uma novidade o surpreende, uma maldita sabedoria a que você não aspirava. Em geral, uma revelação é isso: uma labareda de insuportável claridade, um raio de realidade que lhe cai em cima. Uma luz impiedosa sob a qual você descobre que as coisas que antes via como paisagens não passam de panos de fundo, e que viveu num teatro achando que aquilo era vida, de modo que precisará rearrumar seu passado, reescrever sua memória e perdoar a si mesmo por tanta estupidez e tão feroz cegueira. Para o bem ou para o mal, nada continua sendo a mesma coisa depois de uma revelação dessas." (extraido do livro A filha do Canibal de Rosa Montero)

Até quando nos deixaremos levar pelas conclusões precipitadas perdendo o equilibrio e, consequentemente a paz?

"...A paz. O Sermão da Montanha diz “que são bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”. Os que estão no mundo para promover a paz não tomam partido diante de verdades parciais. Por estarem empenhados na causa da verdade total sabem que verdades parciais dividem o mundo, tornam as pessoas inimigas umas das outras e afastam a paz.

O sábio é um vendedor ambulante da paz. Ele percorre seu caminho passando de opinião em opinião, de experiência em experiência e de crença em crença. Traz sempre a via da paz entre opiniões, experiências e crenças.

Ele tem suas alegrias. São imensas. O silêncio profundo carregado de revelações, o céu estrelado falando em linguagem de eternidade e a respiração cheia de espiritualidade. E paz, muita paz. ..."