terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Atitude


Albert Schweitzer, prêmio Nobel da Paz de 1952, foi teólogo e músico europeu que, pensando em servir mais do que ser servido, aos trinta anos de idade, deixando de lado o alto prestígio social e financeiro que tinha, resolveu cursar Medicina só para poder cuidar na África de milhares de desvalidos.  Ele se formou e passou mais de meio século de uma vida profícua, usando a própria vida para proteger outras vidas.  É dele a frase funda, perturbadora: “A tragédia não é quando um homem morre; a tragédia é aquilo que morre dentro de um homem enquanto ele ainda está vivo”.  E o que não pode morrer dentro de alguém?  A fé, a esperança, a solidariedade, a fraternidade e a decência.  Assim, a vida vive além de si mesma. 

Que cada um possa refletir sobre as linhas da própria vida até o momento escritas.  Vivemos um momento de renovação material: pintura de casa, troca de utensílios (cama, mesa, banho)... Mudamos, renovamos, embelezamos o que é visível.
Que tal reavaliarmos nossos pensamentos, conceitos e atitudes.  Que tal renovarmos a fé,  força, confiança e esperança, para,  começar a lapidar a pérola divina que somos.  Embelezar o que é essencial e invisível – o nosso espírito -  com a conquista das virtudes essenciais ao nosso crescimento moral?

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

SUPERAÇÃO

Domingo tive acesso, através da revista do "O globo", a mais uma história que bem ilustra o meu objetivo ao criar este blog.

"A história do menino que não tinha livros, mas gostava de ler, virou escritor e criou a festa literária da zona oeste.

Filho de um carpinteiro e de uma dona de casa, George Cleber Alves da Silva, começou a ler prematuramente, dos 3 para os 4 anos.  As placas das ruas da Vila Aliança, conjunto habitacional de Bangu onde nasceu e se criou, foram seus primeiros objetos de leitura.

As ruas da Vila Aliança sempre tiveram nomes de profissões.  Gostava de brincar na Rua do Carpinteiro e do Florista, mas a minha preferida sempre foi a do aprendiz - lembra ele.

Na adolescência, começou a escrever letras de funk melody, inspirado por MC Marcinho, seu conterrâneo, e Bob Rum, da vizinha Santa Cruz.

Na década de 1990, todo moleque de favela queria ser jogador de futebol ou MC.  Como eu era ruim de bola, comecei a escrever letras de funk.  Mais tarde, me distanciei da música por causa da violência que rolava nos bailes de corredor, e me vi fazendo poesia.

Aos 17 anos, Binho saiu da escola.

- Meus pais não tinham dinheiro para comprar o livro paradidático, e eu confidenciei o meu problema à professora, pedindo para ela não me dar zero na prova.  Mas, ela não só me deu zero como contou para a turma inteira que não podia abrir uma exceção para mim porque meus pais não tinham dinheiro para comprar um livro.  Fiquei traumatizado, revoltado, lembra.

Um ano depois, a raiva se transformou na Biblioteca Quilombo dos Poetas.
Após passar "vergonha" por não ter o tal livro paradidático, Binho passou a pegar livros com vizinhos, amigos, amigos dos amigos, e montou uma biblioteca comunitária, a primeira da Vila aliança:
- Não queria que meu irmão, nem mais ninguém, passasse pela vergonha que passei na sala de aula.
A Biblioteca Quilombo dos Poetas pode ser considerada uma espécie de pedra findamental da construção de um projeto de incentivo à leitura em Bangu e arredores.  De lá para cá, Binho terminou a escola, se formou em Ciências Sociais , fundou o Centro Cultural A História Que Eu Conto, promoveu a construção de uma Nave do conhecimento e escreveu um livro.  O mais recente capítulo dessa história foi a realização da Festa Literária da Zona Oeste (Flizo), para a qual mapeou cem escritores da região e promoveu 50 mesas redondas em escolas municipais e clubes de sete bairros da Zona Oeste, de 30 de setembro a 1º de novembro deste ano. ...

O seu primeiro livro, "A história que eu conto", foi lançado em junho pela Aeroplano, editora de Heloisa Buarque de Hollana, professora da UFRJ e crítica literária.

O Binho é um intelectual da periferia, um artista-cidadão que cria e tem compromisso com o entorno.  Não depende de nada ou ninguém para seguir em frente, está sempre agindo com urgência - diz Heloisa. ...

Sem esconder a marra, ele faz planos ambiciosos para o futuro:
- A minha meta é ser Ministro da Cultura em dez anos.  Tudo o que eu fiz na minha vida sempre foi audacioso."

É isso... a vida nos oferece diversas experiências e essas, embutem inúmeras oportunidades, e, cabe a cada um de nós vislumbrá-las e escolhê-las... o Binho poderia ter escolhido ser uma vítima da situação que vivenciou, mas, ele optou por agir, e, assim, criou, cria e criará todas as oportunidades necessárias a superação de seus limites.

Que possamos nos inspirar por mais esse exemplo.

Paz e bem!!!

domingo, 24 de novembro de 2013

Paciência, tolerância, resignação = amorosidade.

O que fazer para ajudar?  Ser simples, humilde, compassivo, imparcial?  Ouvir mais, falar muito menos? 

Orar e vigiar sempre.  Não baixar a vibração de amor, esperança, positividade.  Saber calar.
Deixar a cada um a energia que escolhe se afinizar.  Aprender a conviver percebendo todas as energias dos ambientes e pessoas.  Proferir palavras e opiniões que objetivem reflexão e possibilitem despertamento para realidades não vislumbradas.
Procurar envolver os semelhantes/conviventes com amor, principalmente, quando nos sentirmos contrariados, ofendidos, invadidos, desrespeitados.
Amar a quem nos ama, fazer o bem a quem nos faz bem, é fácil. Amar a quem não nos ama, agradar a quem nos desagrada, fazer o bem a quem nos deseja ou faz mal - é a grande oportunidade que temos de nos tornarmos seres humanos melhores; é seguir o principal mandamento de Jesus: "Amar a si mesmo - não se deixar "ser" uma determinação do outro - mas, o ser único criado a imagem e semelhança do pai.  Capaz de conviver com o irmão, fazendo, realmente, a ele, tudo o que gostaria que ele nos fizesse.
Chega!!! Não cabe mais, ser um ser reagente, construído mediante os insights exteriores.  Vamos nos desenvolver de dentro para fora, traduzindo com o AMOR que brota de nossa essência divina tudo o que acontece no mundo físico.
Não dá mais para viver como se fosse apenas matéria que se transforma em várias outras diferentes a cada reagente que a ela se soma.
Somos muito mais do que o ser visível que se locomove - age e reage. Devemos assumir o comando do espírito que habita a matéria que nos identifica para o exterior.
Só "seremos" realmente, quando conjugarmos razão/emoção, físico/espiritual.  Quando equilibrarmos o espírito que nos anima para comandar a matéria que nos possibilita contribuir para o crescimento/melhoramento do nosso planeta.

Paz e luz!!!



domingo, 17 de novembro de 2013

Vida: Passado - Presente - Futuro

"...o símbolo do infinito é representado como se fosse um número oito deitado. O lado esquerdo representa a eternidade do nosso passado e o direito a eternidade do nosso futuro.  Olhando bem, os dois lados são espaços vazios, pois são tempos que não podem ser vividos - da esquerda já aconteceu e da direita pode ser que nem aconteça.
O que existe de concreto é o ponto de cruzamento dos dois arcos - a eternidade do momento presente, que é uma dádiva, uma jóia - onde as coisas de fato acontecem, onde a vida é efetivamente vivida.  É a única realidade.  
Fato é que ao invés de viver o presente em sua totalidade, desperdiçamo-lo pensando ou no passado ou no futuro, ou seja, ficamos naqueles espaços vazios.  
Não se pode pensar o presente; ele só pode ser vivido no presente, nem antes nem depois, e de preferência com equilíbrio.  Isso dá sentido a vida.  
Na coletividade humana, o grupo mais feliz é o das crianças, pois vivem o presente. 
O passado e o futuro são importantes à medida que usamos o presente para: 
- Aprender as lições deixadas pelo passado e reparar as falhas ou preencher as lacunas que não podíamos ou não queríamos fazer no passado; 
- Planejar e preparar o caminho e realizar as tarefas para ter um futuro melhor e mais promissor para nós e para os outros.
Quando você perde o foco no presente, investindo seu tempo em memórias ou antecipando dificuldades futuras, diminui a capacidade de superar os desafios do presente.
Se colocar a dificuldade no tempo presente, no aqui e agora da sua vida, você a tranforma em um acontecimento.  E se diante deste acontecimento adotar uma atitude positiva, você a transforma em uma oportunidade.  Se tiver uma atitude negativa, você cria um problema.
Ver na dificuldade uma oportunidade é questão de atitude.  Ao encaixar a dificuldade no tempo presente, analisá-la sob vários ângulos e se inserir como peça fundamental para resolvê-la, você verá surgir a oportunidade. E se aproveitá-la terá dado mais um passo para consolidar sua autoconfiança.
Ao se tornar um bem sucedido solucionador de problemas, reafirmará sua atitude positiva.  Que reverterá para sua eficiência como ser humano e lider de si mesmo.  Ou seja, está em sua mãos, hoje, a atitude que definirá o seu sucesso ou fracasso.  Só você pode controlar sua atitude." (extraído do livro O sucesso está no equilíbrio, de Robert Wong)

É preciso muita perseverança, coragem e discernimento para, com escolhas conscientes, racionais e equilibradas, escrevermos a cada dia uma página de nossa vida.   

domingo, 10 de novembro de 2013

Vida

O que é a vida além do intervalo entre o nascimento e a morte? 

O amor

          Sentimento necessário ao crescimento moral e espiritual.
          Felicidade é praticar, com atitudes naturais e voluntárias, o bem pelo bem, sem interesses ou condições.
          Quanto mais humilde, simples e natural, mais amor é partilhado e distribuído.
          Não precisamos de recursos materiais para contribuir com a evolução espiritual, com a melhora da energia dos locais, coisas e pessoas.  Cada ato, cada pensamento elevado e positivo, é uma contribuição importantíssima para a obra de regeneração do planeta.
          Despertemos os sentimentos mais fraternos e amáveis para com nossos semelhantes mais difíceis e estaremos, além de nos melhorarmos, retribuindo ao pai o amor desinteressado e incondicional que nos dá.  Estaremos praticando naturalmente as instruções constantes no evangelho.
          Perseverança, paciência, resignação e coragem para agir, a despeito de interesses puramente pesssoais.  Conjuguemos o verbo no plural.  Vamos pensar no conjunto e estaremos caminhando na melhor direção e alcançaremos melhores resultados.
                                                                                  Amor é paz!!!!!



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A Lenda do Perdão


"Conta uma antiga lenda que existia uma cidade onde a palavra perdão nunca existiu.  

As pessoas eram, portanto, donas da verdade, arrogantes e sofriam de uma terrível moléstia, complexo de superioridade.
 

A convivência era bastante complicada porque todos se consideravam perfeitos e com isso não enxergavam, nem admitiam seus defeitos, erros e equívocos.  

Nessa cidade reinava a vaidade, a competição e a inimizade, por mais que elas andassem disfarçadas por detrás de sorrisos e manifestações de afeto.  

Um dia uma mulher, vinda de outra cidade, foi morar lá.  

Todos as tardes ia até a padaria e na volta sempre passava por uma praça onde um grupo de rapazes jogava bola.  

Seu trajeto seria bem menor se ela cruzasse a praça, mas para não atrapalhar o jogo deles ela fazia o seu caminho contornando a praça. Claro que nenhum deles nunca percebeu ou deu valor à sua gentileza. Naquela cidade muito poucos entendiam desse assunto.  

Certo dia essa mulher estava cheia de preocupações, com a cabeça bastante perturbada e na volta da padaria não se deu conta do caminho que tomou e atravessou a praça no exato momento em que um dos rapazes ia fazer um gol. O jogo parou, todos se olharam e o tal jovem, muito bravo, perguntou à ela:  

A senhora não está vendo o que fez? Que falta de atenção, até mesmo de consideração! Custava dar a volta na praça?  

E ela respondeu:

- Há cerca de seis meses que todos os dias eu dou a volta na praça para não atrapalhar o jogo de vocês. Hoje, no entanto, eu confesso que me distraí. Estava muito envolvida com meus pensamentos. Peço a todos vocês perdão por isso.  

Ninguém entendeu o que ela quis dizer e um dos meninos perguntou:

- Perdão? O que é perdão? Nunca ouvimos essa palavra.  

- Perdão é um ato de humildade, embora alguns julguem ser um ato de humilhação.  

Os meninos foram para suas casas muito pensativos e contaram a seus pais sobre o perdão.  

Errar, cometer injustiças, tomar atitudes precipitadas que podem prejudicar e magoar terceiros são coisas das quais todo ser humano está sujeito.  

Reconhecer seus erros e pedir perdão, no entanto, nem todos os seres humanos são capazes. Para isso é necessária uma enorme dose de humildade, um coração sensato e um espírito elevado.  

Só os grandes sabem pedir perdão!  

Dizem que aquela cidade anda muito diferente, mais alegre, as pessoas mais amigas, menos rivalidades e que todos além de terem aprendido a pedir perdão, agora também estão aprendendo a perdoar."


Precisamos aprender a viver o presente.  Observar o que acontece em cada momento; experienciar cada situação, extraindo dela as lições necessárias para que possamos, a cada dia, vencer nossas próprias limitações, nos tornando pessoas melhores.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Com atitudes aparentemente pequenas e simples, obtemos resultados inimagináveis.


Façamos uma análise/reflexão sobre os acontecimentos do nosso dia a dia.  Quantas vezes deixamos de  agir, de acordo com o que entendemos como certo, por puro desânimo?  Por julgarmos as atitudes alheias e acharmos que não consertaremos o mundo; que não fará a menor diferença, o nosso empenho por mudar nosso comportamento e ter atitudes "corretas".
É hora de aprender a ser, conscientemente, diferente. Que cada um possa, simples e naturalmente, fazer o seu melhor.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

TEMPO DE AGIR... CONSTRUIR...

Pra que te quero tempo?
Reclamo-te, almejo-te, desejo-te.
Vens, chega - e agora?  O que faço contigo?
Como aproveitar-te?  O que desejo do tempo?
Tempo passado. Concluso, imutável.
Tempo futuro. Incógnita, desejo.
Tempo presente. Tempo de poder. Tempo de ação e reação. Tempo de decidir, escolher viver...
Como?  Onde?  Porque?  O que?
Sinais.  Cada momento tem seus sinais.  Temos que saber identificá-los, aproveitá-los, prolongá-los ou diminuí-los, de acordo com a nossa percepção de bom e ruim.

SILÊNCIO - INFINITO - SOLIDÃO - REFLEXÃO.

Terra, céu, ar e mar - dia / noite -  sol / chuva - sinais do tempo.
O tempo passa; a vida muda; a mocidade vai, a maturidade vem.
Não podemos eternizar a vida em nós, mas, devemos nos eternizar na vida que vivemos.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

VIDA - VERDADE - CERTO/ERRADO - ETERNIDADE

O que é certo ou errado? Quem tem razão?
Somos todos seres humanos em evolução.  A cada dia somos uma pessoa nova.  A nossa essência é única porisso cada pessoa é uma pessoa diferente.  Todos nós temos qualidades e defeitos.  Devemos ter consciência de nossos defeitos seja por auto análise, seja por ouvir as pessoas com as quais convivemos reclamar. 
Nossa difícil tarefa na vida deve ser modificar esses defeitos da nossa essência.  Uma atitude que ajuda muito é se colocar no lugar do outro.  Imaginar o que você sentiria se fosse você a receber aquela agressão, descaso, falta de atenção.
Faça ao outro apenas aquilo que gostaria que o outro fizesse a você.
O céu e o inferno estão dentro de nós.  Assim, compete a cada um de nós conquistá-lo com nossas atitudes.
Cristo foi um exemplo de amor desinteressado ao próximo, doação, desprendimento.  A ignorância, o egoismo, o fanatismo do povo levou-o a morte.  Essa foi a missão dele.  Veio ao mundo homem ensinar que a vida é eterna e que a eternidade se conquista com atitudes.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Estamos contribuindo para a construção do mundo em que queremos viver?


Zilda Arns
Foi fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da criança e da Pastoral da pessoa idosa, organismos de ação social. Recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país. Arns foi eleita a 17° maior brasileira de todos os tempos. Formada em medicina pela UFPR, em 1959, aprofundou-se em saúde pública, pediatria e sanitarismo, visando a salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário.
Compreendendo que a educação revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das doenças de fácil prevenção e a marginalidade das crianças, para otimizar a sua ação, desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre bíblico da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas, como narra o Evangelho de São João (Jo 6:1-15).
Para multiplicar o saber e a solidariedade, foram criados três instrumentos, utilizados a cada mês:

· Visita domiciliar às famílias
· Dia do Peso, também chamado de Dia da Celebração da Vida
· Reunião Mensal para Avaliação e Reflexão
Dividia seu tempo entre os compromissos como coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa e coordenadora internacional da Pastoral da Criança.
 
Zilda Arns encontrava-se em Porto Príncipe, em missão humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país. No dia 12 de janeiro de 2010, pouco depois de proferir uma palestra para cerca de 15 religiosos de Cuba, o país foi atingido por um terremoto. A Dra. Zilda foi uma das vítimas da catástrofe.

Naquele momento ela estava discursando, quando as paredes da igreja desabaram, a médica estava no último parágrafo do discurso, que ela não chegou a terminar, falava da importância de cuidar das crianças "como um bem sagrado", promovendo o respeito a seus direitos e protegendo-os, "tal qual os pássaros cuidam dos seus filhos".

No dia 14 de janeiro, o senador Flávio Arns, seu sobrinho, divulgou uma nota sobre as circunstâncias da morte da médica:

"A Dra. Zilda estava em uma igreja, onde proferiu uma palestra para cerca de 150 pessoas. Ela já tinha acabado seu discurso e estava conversando com um sacerdote, que queria mais informações sobre o trabalho da Pastoral da Criança. De repente, começou o tremor. O padre que estava conversando com ela deu um passo para o lado e a Dra. Zilda recuou um passo e foi atingida diretamente na cabeça, quando o teto desabou. Ela morreu na hora. A Dra. Zilda não ficou soterrada. O resto do corpo não sofreu ferimentos, somente a cabeça foi atingida. O sacerdote que conversava com ela sobreviveu. Já outros quinze sacerdotes que estavam próximos a ela faleceram”.

Como forma de preservar a memória de Zilda viva, sua irmã Otília Arns escreveu a obra literária "Zilda Arns: A Trajetória da Médica Missionária" no ano de 2010. A obra possui a história dos antepassados de Zilda, sua biografia e depoimentos de seus familiares.

Fragmentos de um discurso amoroso
(...) Sabemos que a força propulsora da transformação social está na prática do maior de todos os mandamentos da Lei de Deus: o Amor, expressado na solidariedade fraterna, capaz de mover montanhas."Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos" significa trabalhar pela inclusão social, fruto da Justiça; significa não ter preconceitos, aplicar nossos melhores talentos em favor da vida plena, prioritariamente daqueles que mais necessitam. Somar esforços para alcançar os objetivos, servir com humildade e misericórdia, sem perder a própria identidade.Cremos que esta transformação social exige um investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças. Este desenvolvimento começa quando a criança se encontra ainda no ventre sagrado da sua mãe. As crianças, quando estão bem cuidadas, são sementes de paz e esperança. Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceitos que as crianças.
Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, devemos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los.

 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Amor não tem idade, nem sexo, nem cor... esse amor de que falo é puro, simples e universal.

 
Cora Coralina , pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985), é a grande poetisa do Estado de Goiás. Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos "A Rosa". Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem foge. Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. Em 1928 muda-se para São Paulo (SP). Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana. Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil.

Sintam a admiração do poeta, manifestada em carta dirigida a Cora em 1983:

"Minha querida amiga Cora Coralina: Seu "Vintém de Cobre" é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia ( ...)." Editado pela Universidade Federal de Goiás, em 1983, seu novo livro "Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha", é muito bem recebido pela crítica e pelos amantes da poesia. Em 1984, torna-se a primeira mulher a receber o Prêmio Juca Pato, como intelectual do ano de 1983. Viveu 96 anos, teve seis filhos, quinze netos e 19 bisnetos, foi doceira e membro efetivo de diversas entidades culturais, tendo recebido o título de doutora "Honoris Causa" pela Universidade Federal de Goiás. No dia 10 de abril de 1985, falece em Goiânia. Seu corpo é velado na Igreja do Rosário, ao lado da Casa Velha da Ponte. "Estórias da Casa Velha da Ponte" é lançado pela Global Editora. Postumamente, foram lançados os livros infantis "Os Meninos Verdes", em 1986, e "A Moeda de Ouro que um Pato Comeu", em 1997, e "O Tesouro da Casa Velha da Ponte", em 1989.

Texto extraído do livro "Vintém de cobre - Meias confissões de Aninha", Global Editora — São Paulo, 2001, pág. 174.


O amor na velhice

Por: Olympia Salete Rodrigues

A Cora Coralina que todos conhecemos: aquela mulher que se descobriu poeta já bem velhinha, depois de uma vida de luta, inclusive com um casamento desastroso que ela carregou corajosamente e, só após a morte do marido, conseguiu se ver em sua enorme e verdadeira dimensão, como mulher e como poeta.

Escolhi este poema para ilustrar este Artigo por dois motivos: o primeiro por pensar exatamente como ela ao entregar o amor ao amado. O amor tem que ser entregue SEMPRE, mesmo que não seja aceito. Porque o amor só se torna concreto se chega às mãos do ser amado. E, se não entregamos o amor que sentimos, esse amor fica maculado e se deforma, pois foi sonegado, o que, em matéria de amor, é crime sem perdão. O segundo motivo de minha escolha é colocar para todos que me lêem reflexões sobre o amor na velhice, um direito de todos nem sempre respeitado.

Uso sempre a palavra velho (ou velha)... Não gosto, quem me lê já sabe, de idoso ou terceira idade... Ai, isso até me dói.... rs..., pela tentativa de falsidade que encerra. A palavra velho implica numa carga de sabedoria e experiência que nos dá a vida à medida em que vivemos. E dessa carga também quero falar.

Eu, pessoalmente, recebo uma série de observações que poderiam até parecer desagradáveis e indelicadas. Só que não as sinto assim porque as acolho com serenidade. Por falar eu de amor, e por amar de verdade, muita gente entende que sou atrevida, ridícula, inconseqüente etc. etc.... E, o estranho disso é que não ouço tais críticas de pessoas jovens, mas de pessoas que estão caminhando para o auge da maturidade cronológica e atribuem a mim os fantasmas da própria velhice que se aproxima. Os jovens, em geral, admiram minha coragem de amar e declarar meu amor. Para eles, quase sempre, a idade fica em segundo plano, não influi na relação ou no diálogo. Mais ainda, eles até se declaram egoístas, querendo aprender e sorver a sabedoria do velho com quem se relacionam como amores ou como amigos. Daí eu concluir que aqueles que tentam anular o direito de amar dos velhos, estão apenas refletindo neles seus próprios medos, sua incapacidade de amadurecer o amor na medida em que amadurecem em idade.

É simples encarar a equação. Ninguém, em seu perfeito juízo, negaria ao velho os direitos todos que a vida lhe dá: comer, dormir, divertir-se, trabalhar, enfim, exercer plena e conscientemente a vida que pulsa. Por que negar-lhes o direito ao amor e ao sexo? Se isso fosse normal, certamente esses desejos legítimos e saudáveis se arrefeceriam com o passar do tempo. Se não arrefecem é porque a natureza sábia reconhece sua validade. E, pelo que constatamos, a libido não tem mesmo idade... Ela pede e grita no velho como pedia e gritava no jovem que ele foi. E como aceitar uma restrição que venha de fora? Como ceder à pressão e se enclausurar, renunciar a viver esse lado exultante do eu?

Pensemos um pouco em nossos antepassados: pais, avós, familiares que se entregaram a um marasmo na velhice por não terem força para lutar contra preconceitos terríveis e tão propalados que eles próprios os assumiam. O homem era até mais prejudicado, pois vivia perseguido pela "fatalidade" da impotência "obrigatória" depois de certa idade. E a grande maioria ficava impotente mesmo, pelo poder da sugestão. Os progressos da medicina vieram em seu socorro e hoje o problema, se aparece, é contornável. As mulheres não eram estigmatizadas por essa terrível previsão, mas o eram pelos preconceitos e se fechavam em conchas a partir de certa idade, acreditavam que a menopausa as tornaria menos fêmeas e menos desejáveis. E está fechado o círculo: casais velhos, frustrados e infelizes, apenas sentados indefesos na sala de espera da morte. E assim vimos ou temos notícias de tantos entes queridos que definharam depois de nos darem a vida, a educação, a sua sabedoria, para que seguíssemos felizes os nossos caminhos. E eu pergunto: isso é justo?

Convoco os ainda jovens para que abram suas mentes e preparem seu futuro de velhos. Só assim chegarão à velhice com a dignidade e a sabedoria que torna os velhos realistas, felizes e seguros. Seus preconceitos de hoje, se existem, os tornarão certamente velhos amargos, vítimas de si mesmos, das crenças errôneas que acumularam e deixaram que se cristalizassem.

Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos, esclarecer aos jovens suas posições e mostrar-lhes as verdades que viveram e que os tornaram melhores. Entreguemos o amor ao ser amado, sem vergonha e sem medo, e vivamos esse amor intensa e completamente, na alma e no corpo. Se disserem que idade não é documento..., mostremos que é sim, documento importante porque repleto de experiência e de aprendizagens muitas vezes à custa de sofrimento. Somos todos lindos, independente de aparência física, porque é linda nossa alma e linda a nossa coragem de amar! Portanto, não nos enterremos antes da hora. Vivamos, vivamos! No momento certo, outros nos enterrarão, gratos pelas lições que lhes deixamos.

Cora Coralina escreveu esse poema quando era muito mais velha que eu. Tinha o rosto enrugado, o corpo alquebrado e maltratado pela vida, mas tinha a alma lisa e pura, apesar das pauladas que certamente levou, e tinha, ao escrever, a certeza de sua grandeza como ser humano, um coração que pulsava no ritmo da própria idade. Por isso admitia que o amado a aceitasse ou não, interessava apenas torná-lo feliz por saber-se amado. Que o verdadeiro amor só quer dar!

E termino louvando essa brasileira que soube morrer amando. Exatamente como eu quero morrer, orgulhosa e valente...

Olympia Salete Rodrigues (Colaboradora do site paralerepensar -Poetisa e escritora)

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Servir a vida e não apenas se servir dela. Transformar o destino num projeto consciente e persistente eis o desafio.

"Liberdade, perdão, desejo, orgulho, aliança no casamento, fé e o mistério da felicidade são alguns dos temas abordados neste livro por Jean-Yves Leloup, que faz uma reflexão filosófica, psicanalítica e atual de nossos impasses – sejam eles profissionais, de relacionamento, espirituais –, de nossas dúvidas e medos.Este encontro-entrevista de Jean-Yves Leloup com Marie de Solemne tem justamente a esperança, a vontade de ajudar a reencontrar o sentido da caminhada, o gosto da alegria, a energia para que cada um de nós transforme seu destino em um projeto consciente.Leloup nos ajuda a desatar os nós, a interpretar o nosso destino, a dar-lhe sentido e nos leva a entender que a felicidade não se encontra nas coisas, nos objetos, mas na adesão do coração e da inteligência ao Ser que nos informa, e informa realidades nem sempre agradáveis, que não proporcionam prazer nem felicidade psíquica e que, no entanto, são ( e têm o direito de ser) o que elas são. Para Jean-Yves, o importante é reencontrarmos em nós a capacidade para amar porque tudo o que fazemos com amor é a eternidade reencontrada, a boa hora reencontrada; desse modo a felicidade nos é dada por acréscimo.Assim, fala-nos daquilo que está dentro de nosso ser, no mais profundo de nós – o amor – e vai lançando luzes para permitir que cada aspecto aflore, que tomemos consciência e que nos rendamos à proposta de mudança que a vida nos faz. Cada reflexão vai despertando mais e mais em nós o desejo de amar a vida, de nos deixar amar por ela; de ver nosso potencial, de reconhecê-lo como possível de realizar-se; de voltar a crer, a sentir a aceitar e a estender nossos olhos para além..." (livro Amar... apesar de tudo - Jean Yves Leloup)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Que sentido estamos dando a nossa vida? Podemos e devemos melhorar sempre.


Liev Tolstói

Liev Nicolaevitch, conde de Tolstoi2 , nasceu em Yasnaya Polyana (nome da sua casa), que se localiza a 12 km de Tula e a 200 km de Moscovo. Era filho de Nicolas Ilyitch, conde de Tolstoi e de Maria Nicolaevna, princesa de Volkonsky.
Com a morte prematura dos pais, foi educado por preceptores. Na juventude, o sentimento de vazio existencial levou-o a alistar-se no exército da Rússia. Tal experiência colaboraria para que, mais tarde, se tornasse pacifista.
Durante esta época de sua juventude, Tolstoi bebia muito, perdia muito dinheiro no jogo e dedicava muitas noites a ter encontros com prostitutas. Mais tarde, o velho escritor repudiaria esta fase de sua vida.
No final da década de 1850, preocupado com a precariedade da educação no meio rural, Tolstoi criou em Iasnaia Poliana uma escola, para filhos de camponeses. O escritor mesmo escreveu grande parte do material didático e, ao contrário da pedagogia da época, deixava os alunos livres, sem excessivas regras e sem punições.
Embora extremamente bem-sucedido como escritor e famoso mundialmente, Tolstoi atormentava-se com questões sobre o sentido da vida e, após desistir de encontrar respostas na filosofia, na teologia e na ciência, deixou-se guiar pelo exemplo da vida simples dos camponeses, a qual ele considerou ideal. A partir daí, teve início o período que ele chamou de sua "conversão".
Seguindo ao pé da letra a sua interpretação dos ensinamentos cristãos, Tolstói encontrou o que procurava, cristalizando-se então os princípios que norteariam sua vida a partir daquele momento.1
O cristianismo do escritor recusou a autoridade de qualquer governo organizado e de qualquer igreja. Criticou também o direito à propriedade privada e os tribunais e pregou o conceito de não-violência. Para difundir suas ideias Tolstoi dedicou-se, em panfletos, ensaios e peças teatrais, a criticar a sociedade e o intelectualismo estéril. Tais ideias postas tão explicitamente causaram confusão nos fãs do famoso escritor e influenciariam um importante admirador: Gandhi, nesta época ainda na África.
Após sua "conversão", Tolstói deixou de beber e fumar, tornou-se vegetariano e passou a vestir-se como camponês. 3 Convencido de que ninguém deve depender do trabalho alheio passou a limpar seus aposentos, lavrar o campo e produzir as próprias roupas e botas. Suas ideias atraíram um séquito de seguidores, que se denominavam "tolstoianos". Decidiu abrir mão de receber os direitos autorais dos livros que viria a escrever, só voltou a querer utilizar este dinheiro quando precisou angariar fundos para transportar para o Canadá uma comunidade de camponeses perseguidos pelo governo.1
Tolstoi chegou a ser vigiado pela polícia do czar. Devido a suas ideias e textos, foi excomungado pela Igreja Ortodoxa russa, em 1901. Alguns de seus amigos e seguidores foram também exilados. Tolstoi somente não foi preso porque era adorado em todo o mundo como um dos maiores nomes da arte de seu tempo.
Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e ideias contrastavam com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.
Junto a Dostoiévski, Turgueniev, Gorki e Tchecov, Tolstói foi um dos grandes mestres da literatura russa do século XIX. Suas obras mais famosas são Guerra e Paz, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia, e Anna Karenina, onde denuncia o ambiente hipócrita da época e realiza um dos retratos femininos mais profundos e sugestivos da Literatura.1
Morreu aos 82 anos, de pneumonia, durante uma fuga de sua casa, buscando viver uma vida simples.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Despertar... Quem nunca viveu uma situação parecida?

"Na vida existem conhecimentos que a gente busca e conhecimentos que a gente encontra. Os conhecimentos que a gente busca costumam ser técnicos ou eruditos. Normalmente são adquiridos passo a passo, com uma presunção prévia daquilo que virá. Claro que também pode tratar-se de assuntos emocionais e íntimos (....) Os conhecimentos buscados costumam ser um desenvolvimento da vida de cada um. Acrescentam, não subtraem, trazem memórias e vivências. Acumulam.

Os conhecimentos que a gente encontra, ao contrário, costumam amputar uma parte de você. Para começar, roubam a inocência. Você estava tranqüilo, feliz ignorante de sua ignorância, quando, zás, uma novidade o surpreende, uma maldita sabedoria a que você não aspirava. Em geral, uma revelação é isso: uma labareda de insuportável claridade, um raio de realidade que lhe cai em cima. Uma luz impiedosa sob a qual você descobre que as coisas que antes via como paisagens não passam de panos de fundo, e que viveu num teatro achando que aquilo era vida, de modo que precisará rearrumar seu passado, reescrever sua memória e perdoar a si mesmo por tanta estupidez e tão feroz cegueira. Para o bem ou para o mal, nada continua sendo a mesma coisa depois de uma revelação dessas." (extraido do livro A filha do Canibal de Rosa Montero)

Até quando nos deixaremos levar pelas conclusões precipitadas perdendo o equilibrio e, consequentemente a paz?

"...A paz. O Sermão da Montanha diz “que são bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”. Os que estão no mundo para promover a paz não tomam partido diante de verdades parciais. Por estarem empenhados na causa da verdade total sabem que verdades parciais dividem o mundo, tornam as pessoas inimigas umas das outras e afastam a paz.

O sábio é um vendedor ambulante da paz. Ele percorre seu caminho passando de opinião em opinião, de experiência em experiência e de crença em crença. Traz sempre a via da paz entre opiniões, experiências e crenças.

Ele tem suas alegrias. São imensas. O silêncio profundo carregado de revelações, o céu estrelado falando em linguagem de eternidade e a respiração cheia de espiritualidade. E paz, muita paz. ..."